segunda-feira, 10 de julho de 2017

Soft Jazz Sexy Instrumental Relaxation Saxophone Music 2013 Collection

01. Ain't No Sunshine (When She's Gone) 00:00 02. Fallin ' 4:20 03. I Can't Make You Love Me 8:30 04. Use Me (Bill Withers) 14:33 05. You Are My Lady 19:33 06. Sexual Healing. 24:45 07. Let's Stay Together. 30:17 08. Let's Get It On. 34:38 09. And I Love Her. 40:14 10. Where Is the Love? 46:50 11. After the Dance. 51:52 12. Baby, It's You. 58:05 13. Tears in Heaven. 1:03:30 14. Here and Now. 1:08:29 15. Europa. 1:13:21 16. Groovin '(On a Sunday Afternoon). 1:19:20 17. If You Don't Know Me by Now. 1:23:41 18. This Masquerade. 1:29:08 19. Windmills of Your Mind 1:35:35 20. Lily Was Here. 1:41:48 21. Smooth Jazz Anthem. 1:46:48 22. Soft Jazz. 1:51:28 23. Just Right. 1:55:55 24. Always. 2:00:10 25. When Lights Are Low. 2:06:39 26. Savannah Nights. 2:10:05 27. Mystery Man. 2:15:04 28. West Coast Cruisin '. 2:20:12 29. Laid Back Baby. 2:24:25 30. Majestic. 2:30:50



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Série: Heróis Negros no Brasil: Lélia Almeida González

Nascida em Belo Horizonte em 1935, filha de um ferroviário com uma mulher de origem indígena, Lélia Almeida González veio para o Rio de Janeiro na década de 40. Graduou-se em História e Filosofia, fez mestrado em Comunicação, doutorado em Antropologia e foi uma militante constante da causa da mulher e do negro no Brasil.

Professora de várias universidades e escolas importantes, seu último cargo acadêmico foi o de Diretora do Departamento de Sociologia e Política, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Dedicou sua carreira acadêmica ao estudo das relações raciais no país, sendo a responsável pela introdução do debate sobre o racismo nas universidades brasileiras.

Entre 1976 e 1978, ministrou de forma pioneira cursos de Cultura Negra no Brasil, na Escola de Artes Visuais, no Parque Lage, um importante espaço cultural do Rio de Janeiro. Em 1976, aderiu ao Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, um exemplo de sua busca para eliminar a oposição entre cultura e o fazer político. O enredo da Quilombo, em 1978, foi escrito por Antônio Candeia Filho, baseando-se no trabalho de Lélia e de outros nomes reconhecidos nos estudos sobre o negro – o tema desenvolvido pela escola foi os noventa anos de abolição.

Foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU), participou da criação do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN-RJ), do Nzinga Coletivo de Mulheres Negras-RJ e do Olodum-BA.

Lélia candidatou-se a deputada federal nas eleições de 1982 pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio de Janeiro. Militou no PT entre 1981 e 1986. Nesse ano, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), disputando a eleição para deputada estadual.

Até a metade dos anos 80, Lélia talvez tenha sido a militante negra que mais participou de seminários e congressos dentro e fora do Brasil. Suas contribuições de maior impacto foram as que buscaram articular as questões de gênero e racismo. Um de seus textos mais emblemáticos é Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira.



Lélia Gonzalez foi vítima de um enfarte, no dia 11 de julho de 1994, no Rio de Janeiro.



Havia uma aldeia. Um dia chegou a essa aldeia uma amazona de torço estampado de esperança, montada num cavalo negro como nossa ancestralidade. E ela, como um antigo “griot”, contava e contava histórias. Histórias das mulheres guerreiras, histórias dos Núbios, de civilizações egípcias cor da noite que construíram a base da humanidade. Contava história de Nani, no centro da América defendendo seu povo. O que ela queria, todo tempo, era passar para o povo da aldeia o entendimento daquilo que eles viam a seu redor. O tempo todo ela contava a perspicácia dos caminhos que outras tribos percorreram. Ela transmitia CONHECIMENTO. A idéia de liberdade passada por essa amazona, de torço estampado de esperança, montada em seu cavalo negro como nossa ancestralidade era tanta, que várias outras aldeias, tribos, estados pararam para ouvi-la. E absorviam cada idéia contada por ela. Um dia, quando a aldeia acordou, percebeu que ela havia partido. Todos ficaram perplexos, confusos... Como? Quem nos contaria outras histórias, quem? A aldeia caiu em desânimo, tamanha era a falta que fazia a amazona de torço estampado de esperança, montada em seu cavalo negro como nossa ancestralidade. De repente, as pessoas se entreolharam e compreenderam que ela precisava continuar o seu caminho e que caberia a cada um transformar a semente deixada em substância. Caberia a cada aldeia, cada tribo, cada estado que bebeu de suas idéias, difundi-las. Grande era essa tarefa, pois caberia a todos eles, a todos Nós, tornar os homens e mulheres conscientes de sua negritude. Valeu, Lélia Gonzalez! (Texto de Néia Daniel - Rio de Janeiro, julho de 1994)

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Série: Heróis Negros no Brasil: Maria Beatriz do Nascimento

Intelectual, pesquisadora e ativista, Beatriz Nascimento nasceu em Aracaju, em 12 de julho de 1942,
filha da dona de casa Rubina Pereira do Nascimento e do pedreiro Francisco Xavier do Nascimento. Ela e seus dez irmãos migraram com a família para o Rio de Janeiro na década de 1950. Com 28 anos iniciou o curso de graduação em História, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), formando-se em 1971. Durante a graduação fez estágio no Arquivo Nacional com o historiador José Honório Rodrigues.

Formada, passaria a trabalhar como professora de História da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro, articulando ensino e pesquisa. Nessa mesma época, passaria a exercer sua militância intelectual através de temáticas e objetos ligados à história e à cultura negras. Esteve à frente da criação do Grupo de Trabalho André Rebouças, em 1974, na Universidade Federal Fluminense (UFF), compartilhando com estudantes negros universitários do Rio e de São Paulo a discussão da temática racial na academia e na educação em geral. Exemplo dessa militância intelectual foi a sua participação como conferencista na Quinzena do Negro, realizada na USP, em 1977, evento que se configurou como importante encontro de pesquisadores negros.

Concluiu a Pós-graduação lato sensu em História, na Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1981, com a pesquisa “Sistemas alternativos organizados pelos negros: dos quilombos às favelas”, mas seu trabalho mais conhecido e de maior circulação foi o filme Ori (1989, 131 mim), de sua autoria, dirigido pela socióloga e cineasta Raquel Gerber. O filme, narrado pela própria Beatriz, apresenta sua trajetória pessoal como forma de abordar a comunidade negra em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, emblematicamente representados na ideia de quilombo.

Beatriz Nascimento, ao longo de vinte anos, tornou-se estudiosa das temáticas relacionadas ao racismo e aos quilombos, abordando a correlação entre corporeidade negra e espaço com as

experiências diaspóricas dos africanos e descendentes em terras brasileiras, por meio das noções de “transmigração” e “transatlanticidade”. Seus artigos foram publicados em periódicos como Revista de Cultura Vozes, Estudos Afro-Asiáticos e Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, além de inúmeros artigos e entrevistas a jornais e revistas de grande circulação nacional, a exemplo do suplemento Folhetim da Folha de S. Paulo, Isto é, jornal Maioria Falante, Última Hora e a revista Manchete.

Segundo Rattz, Beatriz, junto com outros pesquisadores como Eduardo Oliveira, Lélia González e Hamilton Cardoso, trabalharam para que a temática étnico-racial ganhasse visibilidade social na universidade e fortalecesse o discurso político do movimento negro. Além da militância intelectual, Beatriz era poetisa. Sua poesia traz à cena a experiência de ser mulher negra. Essa sensibilidade se traduziu em toda sua escrita.
Como os Amigos a definiam: Maria Beatriz do Nascimento foi verdadeira inspiração de como a vida pode ser melhor, que somos maiores do que as categorias que o sistema nos impõe, que a alegria e a generosidade são armas poderosas no combate a intolerância de qualquer tipo.

Estava fazendo mestrado em comunicação social, na UFRJ, sob orientação de Muniz Sodré, quando sua trajetória foi interrompida. Beatriz foi assassinada ao defender uma amiga de seu companheiro violento, deixando uma filha.
Faleceu em 28 de janeiro de 1995 no Rio de Janeiro.


Fonte: Fonte: "Eu sou atlântica sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento Alex,Ratts, São Paulo, 2006" Acessado 24 Jan 2017 link> https://www.imprensaoficial.com.br/downloads/pdf/projetossociais/eusouatlantica.pdf

http://antigo.acordacultura.org.br/herois/heroi/mariabeatriz

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Série: Heróis Negros no Brasil: Laudelina de Campos Melo

Laudelina de Campos Melo (Poços de Caldas, 12 de outubro de 1904 - Campinas, 12 de maio de 1991), foi uma brasileira, defensora dos direitos das mulheres e das empregadas domésticas, fundadora do primeiro sindicato de trabalhadoras domésticas do Brasil.

Vida pessoal

Laudelina nasceu em 12 de outubro de 1904, em Poços de Caldas, filha de pais alforriados pela Lei do Ventre Livre, em 1871. Seu pai faleceu quando Laudelina tinha 12 anos, atingido por uma árvore que cortava com outros dois filhos. Obrigada a trabalhar como empregada doméstica desde os 7 anos de idade, abandonou a escola para para poder cuidar dos cinco irmãos mais novos, enquanto a mãe ia trabalhar.
Cquote1.svgA minha mãe dizia pra mim que eu deveria ter nascido homem, porque já nasci com aquela garra, com aquela coisa que tudo pra mim eu não deixava passar, eu queria enfrentar..Cquote2.svg
Já adolescente, auxiliava a mãe na confecção de compotas, geleias e doces caseiros para venderem na cidade e aumentar a renda. Aos 16 anos foi eleita presidenta do Clube 13 de Maio, que promovia atividades recreativas e políticas entre a população negra de sua cidade. Mudou-se para São Paulo, com 18 anos e casou-se aos 20 anos, mudando-se para Santos, São Paulo, tendo um filho logo em seguida.

Militância

Junto do marido, Laudelina participou da agremiação Saudade de Campinas, grupo que valorizava a cultura negra em Santos. O casal se separou em 1938, com dois filhos como resultado da união. Laudelina passou a atuar de forma mais intensa em movimentos populares, de cunho político e reivindicatório, especialmente depois de se filiar ao Partido Comunista Brasileiro, em 1936. Neste mesmo ano, Laudelina fundou a primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do país, fechada durante o Estado Novo, e voltando a funcionar em 1946. Várias outras associações começaram a surgir na cidade de São Paulo, sob a coordenação do professor Geraldo de Campos Oliveira, presidente do Clube Cultural Recreativo do Negro e membro do partido Libertador. Laudelina também trabalhou para a fundação da Frente Negra Brasileira, militando na maior associação da história do movimento negro, que chegou a ter 30 mil filiados ao longo da década de 1930.
Em 1948, a família para a qual Laudelina trabalhava a convidou para ser gerente do hotel fazenda que possuíam em Mogi das Cruzes, ficando por três anos. Com a morte da matriarca da família, Laudelina foi para Campinas, cidade que dava preferência às empregadas brancas, o que levou Laudelina a protestar junto do Correio Popular por veicular anúncios preconceituosos. Integrou-se ao Movimento Negro de Campinas, participando de eventos que visavam levantar a auto-estima da comunidade negra, com teatros e palestras, inclusive promovendo, em 1957, um baile de debutantes (Baile Pérola Negra) para jovens negras, no Teatro Municipal de Campinas. Em 1961, obteve o apoio do Sindicato da Construção Civil de Campinas para fundar, em suas dependências, a associação de empregadas domésticas.
Laudelina de Campos Mello no Baile da Pérola Negra - Campinas 1957 (Foto: Arquivo Pessoal de Glória Boardi)
Associação Profissional Beneficente
A Associação Profissional Beneficente das Empregadas Domésticas esteve em diversas frentes e lutas, em especial contra o preconceito racial. Mil e duzentas empregadas domésticas estiveram no ato da inauguração da associação, em 18 de maio de 1961. No ano seguinte, foi convidada para participar da organização de diversos sindicatos da categoria em outros estados, participando também de movimentos negros e feministas.
Para que a associação não fechasse, devido ao Golpe de Estado de 1964, Laudelina aceitou abrigá-la na União Democrática Nacional (UDN). A entidade acabou se dissociando, depois que Laudelina ficou doente em 1968, o que a levou a se desvincular do movimento de empregadas domésticas. Voltou à direção em 1982, por insistência de suas antigas companheiras. em 1988, a associação se tornou o Sindicato das Empregadas Domésticas e continuou a lutar em favor do direito das empregadas domésticas, combatendo a a discriminação da sociedade em relação às empregadas domésticas, exigindo melhor remuneração e igualdade de direitos sociais.

Morte

Laudelina faleceu em 12 de maio de 1991 em Campinas, deixando sua casa para o sindicato de Campinas.

Legado

A atuação e militância de Laudelina foi fundamental para a categoria conquistar o direito à Carteira de Trabalho e à Previdência Social
Ativista sindical e trabalhadora doméstica. Sua trajetória foi marcada pela luta contra o preconceito racial, subvalorização das mulheres e exploração da classe trabalhadora. Combateu a discriminação da sociedade em relação às empregadas domésticas, exigindo melhor remuneração e igualdade de direitos sociais. Sua atuação permitiu a regulamentação do emprego doméstico como fundadora do Sindicato das empregadas domésticas.

Referências
  1.  Heróis de todo Mundo (: ). «LAUDELINA DE CAMPOS MELO». Heróis de todo Mundo. Consultado em 19 de dezembro de 2016
  2. EBC. Consultado em 19 de dezembro de 2016
  3. Pinto, Elisabete Aparecida (1992). Etnicidade, gênero e educação : a trajetória de vida de D. Laudelina de Campos Mello (1904-1991) (Tese). Campinas: UNICAMP. Consultado em 19 de dezembro de 2016
  4. Guerreiras Pós-Abolição (: ). «Laudelina de Campos Melo». Criola. Consultado em 19 de dezembro de 2016
  5. Schumaher, Schuma. Dicionário Mulheres do Brasil de 1500 até a atualidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2000. p. 566. ISBN 9788571105737
  6. Adriana Barão . «Laudelina de Campos Melo». Revista SARAO. Consultado em 19 de dezembro de 2016

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Série: Heróis Negros no Brasil: Raimundo Sousa Dantas

Raimundo Sousa Dantas (Estância, 11 de janeiro de 1923 — Rio de Janeiro, 2002) foi
um escritor e diplomata brasileiro, embaixador do Brasil em Gana e na Argentina. Nomeado por Jânio Quadros, foi o primeiro embaixador negro brasileiro.
Nascido em 11 de janeiro de 1923 em Estância, estado do Sergipe, era filho de pais analfabetos, mãe (lavadeira) e pai (pintor de parede). Entrou aos seis anos de idade para a escola pública,onde permaneceu por pouco meses. Entre os dez e doze anos aprendeu vários ofícios, entre os quais o de aprendiz de ferreiro e de marceneiro. Ainda na adolescência exerceu a função de entregador de embrulhos de uma casa comercial em Estância e aos dezesseis anos foi trabalhar numa tipografia.
Desde muito jovem, Raimundo ouvia muitas histórias contadas por uma velha doceira, Dona Rita, que lhe influenciariam anos depois, quando mesmo sem saber ainda escrever, ditava histórias a um colega do fundo de uma outra tipografia em Aracaju, as quais eram publicadas nos jornais de Estância e da capital sergipana.
Trabalhando no jornal A Estância, contratado para movimentar a impressora, distribuir jornais aos domingos para assinantes e fazer entrega das obras que ali eram executadas, permaneceu nesta atividade por quase dois anos. Estreou no mensário denominado Símbolo, com a ajuda do então estudante de direito Armindo Pereira, um dos diretores da publicação.
Residindo em Aracaju, trabalha nas oficinas do Correio de Aracaju, época em que ouvia várias leituras de textos de Jorge Amado, Machado de Assis e Marques Rebelo, feitas pelo amigo Barbosa, um amante da literatura moderna. Desta forma ganha gosto pelos livros.
Em 1941, aos dezoito anos a bordo de um navio do Lloyd Brasileiro, chegou ao Rio de Janeiro e de imediato, passou a vender maçãs e pêras para um barraqueiro, mas não tinha jeito, não sabia fazer contas e fora despedido. Na capital federal, graças ao jornalista Joel Silveira, trabalha como contínuo no semanário, político-literário, Diretrizes, para apanhar nos cinemas e teatros cariocas a programação do dia e outros materiais.
Em 1942, começa a ler com dificuldade os textos de Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo e Érico Veríssimo e passa a colaborar nas revistas: Vamos Ler e Carioca. Trabalha como revisor na casa editora de livros infantis e no Diário Carioca. Em 1944, durante período de três meses, escreve seu primeiro livro, o romance Sete Palmos de Terra, escrito numa linguagem simples e ponteado por muitas das recordações de Estância.
Seu segundo livro, Agonia, (uma novela e alguns contos), foi lançado em 1945. O livro tem muito de autobiográfico, conta fatos que são reminiscências de sua infância sofrida, bem como recordações da vida de pessoas que conheceu. Os contos exploram a tuberculose em várias pessoas de caráter e psicologia diferentes. Esta nova incursão, foi uma experiência muito importante na vida do escritor, pois, o resultado lhe facilitou a compreensão de certos fenômenos humanos. No fim de 1946, Raimundo Sousa Dantas encontra-se casado e no ano seguinte nasce seu primeiro filho, Roberto.
Os anos de 1945 e 1946 foram decisivos para Raimundo, pois tomou parte num congresso de negros e começou a aprender o francês e inicia seu segundo romance Solidão nos Campos, muito diferente do primeiro, Sete Palmos de Terra, onde narra a experiência da formação de um homem, fraco pelas suas paixões, e que não sabe como enfrentar os momentos decisivos.
Em fins de 1947, descobre os autores católicos e começa a escrever a novela Vigília da Noite, que é a história de um homem que vive em completa ausência de Deus, voltado exclusivamente para a satisfação de seus instintos, na procura dos alimentos para a sua vida herética. O livro é concluído em 1948 e publicado no ano seguinte.
Em 1949 publica mais um livro, Um Começo de Vida (depoimento biográfico) para Campanha de Educação de Adultos do Ministério da Educação e Saúde, com tiragem de 20 mil exemplares,onde relata toda a sua trajetória de vida.
Raimundo Sousa Dantas colaborou em vários jornais e revistas: Dom Casmurro, Vamos Ler, A Noite, Leitura, Diário Carioca, Revista Branco Boletim Bibliográfico Brasileiro, Brasil Açucareiro, dentre outros. Em julho de 1961, no governo do presidente Jânio Quadros, foi nomeado embaixador do Brasil em Gana (África). Lá, enfrentou dificuldades extremas para alcançar os objetivos estabelecidos pela missão diplomática, uma vez que “sua cor gerou resistência entre diplomatas e intelectuais brasileiros, e provocou no embaixador uma reflexão existencial sobre a relação entre ser negro e representar o Brasil".
Raimundo Sousa Dantas faleceu em 2002, no Rio de Janeiro.

Obras publicadas

  • Sete palmos de Terra. Rio de Janeiro: Editora Vitória, 1944.
  • Agonia. Curitiba: Ed. Guairá, 1945 (contos)
  • Solidão nos campos. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1949 (romance)
  • Vigília da Noite. Rio de Janeiro: Edições da Revista Branca, 1949 (novela)
  • Um Começo de Vida. Rio de Janeiro: Campanha de Educação de Adultos, Ministério da Educação e Saúde, 1949 (depoimento-biográfico)
  • Reflexões dos 30 anos. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1958
  • África Difícil (Missão Condenada: Diário). Rio de Janeiro: Editora Leitura, 1965.
  1. Ir para cima Pela grafia original, Raymundo Souza Dantas.
  2. Ir para cima Davila, Jerry. Hotel Trópico, Brazil and the Challenge of African Decolonization 1950-80. Duke University Press, Durham and London, 2010. Print.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Livro - A Cabana do Pai Tomás – Harriet Beecher Stowe


Descrição do livro

A Cabana do Pai Tomás – “A Cabana do pai Tomás” é uma história de fé, coragem, determinação, perseverança e luta. Harriet Beecher Stowe, que conhece de perto a realidade do cenário que narra, passa ao leitor um sentimento de revolta e indignação ao apresentar detalhadamente o comércio “legal” de seres humanos e a forma bruta e selvagem com que os senhores tratavam os negros a fim de obterem mais lucros em suas propriedades.
Este registro literário contribui intensamente para a abolição da escravatura. Basta observara que, dois anos depois de seu lançamento, surgiu o Partido Republicano, que abraçou a causa abolicionista. A autora chegou até mesmo merecer do presidente norte-americano, Abraham Lincoln, esta consideração: Foi a senhora que, com seu livro, causou essa grande guerra (a guerra entre os estados).

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terça-feira, 24 de maio de 2016

Livro - Um Defeito de Cor – Ana Maria Gonçalves

Um Defeito de Cor – Ana Maria Gonçalves

Descrição do livro: Fascinante história de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Inserido em um contexto histórico importante na formação do povo brasileiro e narrado de uma maneira original e pungente, na qual os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens, Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves, é um belo romance histórico, de leitura voraz, que prende a atenção do leitor da primeira à última página. Uma saga brasileira que poderia ser comparada ao clássico norte-americano sobre a escravidão, Raízes.


Sobre a autora: Ana Maria Gonçalves (Ibiá, 1970) é uma escritora brasileira.

Trabalhou como publicitária em São Paulo, mas abandonou a profissão em 2002 para morar em Itaparica e escrever seu primeiro livro, Ao lado e à margem do que sentes por mim. Mais tarde, fixou residência em Nova Orleans .Seu segundo romance, Um defeito de cor, de 2006, conquistou o Prêmio Casa de las Américas na categoria literatura brasileira. A obra, inspirada na vida de Luísa Mahin, conta a trajetória de uma menina nascida no Daomé e capturada como escrava aos 8 anos de idade, até a sua volta à terra natal como mulher livre .

Link para Download do LIVRO: AQUI